Acordo já no meu quarto, minha mãe estava sentada na cama acariciando minha cabeça.
— Graças a Deus você acordou.
Ela tem seu olhar cheio de lágrimas.
— A senhora sabia que ele ia me deixar?
Pergunto voltando a chorar.
— É melhor assim, minha filha...
— Melhor pra quem? Pra senhora? Pro pai?
Pergunto deixando as lágrimas caírem e me sento na cama.
— Tudo é feito pensando no seu bem estar, Pérola.
— Eu quero ficar sozinha!
Resolvo não bater boca com ela.
Me deito na cama e dou as costas a ela.
— Pérola...
Ela tenta falar mas eu não deixo.
— Sai por favor!
Digo rude.
Ela se levanta e saí, não demora muito e meu pai entra no quarto.
— Quem você pensa que é pra tratar sua mãe daquele jeito? Ela fez o que fez por amar a você e é assim que você trata ela?
Ele estava irritado, gritava e eu respirava fundo para não me exceder.
— Vocês não tinham o direito de fazer isso! Não tinham!
Eu me sento de novo e grito.
— Eu sou seu pai e faço o que eu acho o certo a se fazer!
—