Abro a porta da geladeira e pego uma garrafa de suco, bebo dois copos e quando vou colocar o mesmo na pia dou de cara com a surucucu me olhando.
Eu até me assusto, a cobra chegou de mansinho que nem ouvi, ignoro, coloco o copo na pia e me preparo para sair dali, mas ela puxa assunto.
— Sabe... Eu queria... É... Pedir desculpas por entrar no quarto de vocês sem bater.
Muito boazinha para o meu gosto.
— Você não deveria nem estar aqui, eu lhe dei uma ordem e você passou por cima dela!
Digo baixo, mas meu olhar não desgruda do dela, eu me segurava para não voar em cima dessa velha.
— Ela é minha filha, eu tenho o direito de estar ao lado dela nesse momento!
Eu simplesmente não consigo acreditar dessa mudança dela.
— Onde você estava quando sua filha precisou de você quando aquele verme fez o que fez com ela?
Minha voz começa a alterar e enfim a máscara dela caí.
— Não te interessa o que eu estava fazendo! Eu simplesmente não acredito que Jão seria capaz de fazer o que você está