Desperto com alguém batendo na porta e uma voz angelical dizendo:
— Papai, chê tá aí? Abe a pota.
Dou um pulo da cama no susto, puxo o lençol todo pra mim e me cubro.
— Droga, que horas são?!
Digo desesperada.
Bêh se senta na cama ainda completamente nú e tenta me acalmar.
— Calma, ainda é cedo.
Mas voltamos a ouvir o pequeno chamar.
— Paiiii... Abe.
— Já vou abrir meu amor.
Me levanto da cama e começo a caçar minhas roupas e me dou conta que minha blusa ficou na sala.
— Droga, minha blusa ficou na sala!
Digo pegando meu celular que estava no bolso do short e olho as chamadas.
Tinham dezenas de chamadas do meu pai, mensagens nem se fala, minha mãe estava desesperada e já eram 21:00 horas.
— Pai po que o senhor tá "demolando"...
Minha cabeça estava girando e Bêh percebendo meu desespero me abraça.
— Ei, fica tranquila.
Eu amava estar em seus braços, estava com saudades, mas naquele momento eu estava com medo. Medo de tudo, medo da nossa relação, medo da conversa que v