Se havia algo que eu estava tentando evitar, era dar chance para mais confusões internas. Mas Pedro parecia ter assumido como missão pessoal o papel de atravessar o meu caminho, sempre sorrindo como se fosse coincidência.
Nos dias seguintes ao evento, surgiram “compromissos” que, curiosamente, nos colocavam lado a lado. Um almoço beneficente que eu nem sabia que estava na minha agenda até Vitor me mandar mensagem confirmando minha presença. Uma inauguração de galeria em que, segundo Pedro, “seria estranho eu ir sozinha, já que todos estavam acostumados a nos ver juntos”.
Eu não tinha certeza se era real ou se ele estava inventando desculpas, mas, de um jeito ou de outro, lá estávamos nós.
Na galeria, foi quase uma repetição da cena com o produtor, só que em escala maior. Um fotógrafo conhecido por se aproximar demais dos convidados encostou no meu braço enquanto falava sobre uma possível sessão de fotos. Eu não tive tempo nem de responder, Pedro já estava ao meu lado, sorriso educado