Cristina ainda tremia no chão, abraçada a Mariana, tentando entender a dimensão do que estava acontecendo. O cronômetro da bomba seguia marcando o tempo, cada segundo soando como um trovão nos ouvidos. O coração dela batia rápido demais, mas a coragem ainda a mantinha consciente.
Tentou se mover, puxando Mariana com ela, mas antes que conseguisse rastejar para um ponto mais seguro, o som seco de um disparo cortou o ar.
— PAH!
Cristina gritou e levou a mão ao ombro. A dor foi imediata, quente e cortante. O sangue começou a escorrer rápido pelo tecido da blusa.
— CRISTINA! — Mariana soltou um grito sufocado, caindo ao lado dela.
O desespero tomou conta dos olhos da amiga. Com as mãos trêmulas, ela pressionou o ferimento, tentando estancar o sangue.
— Não, não, não! Aguenta firme, você vai ficar bem…
Cristina arfava, os olhos marejados. A respiração acelerava e o corpo ficava pesado.
— Dói muito, Mariana… mas não… não me deixa apagar… — murmurou com dificuldade.
O caos ao redor