A tarde seguia animada. Todos estavam reunidos em volta da mesa improvisada, rindo das histórias de Luana e das brincadeiras de Henrique com Matteo.
Cristina estava radiante, sentada ao lado de Alessandro, quando o celular dele começou a tocar. O som interrompeu por um instante a conversa, e ele se desculpou, levantando-se discretamente e caminhando alguns passos para se afastar.
Do outro lado da linha, a voz da assistente social surgiu firme, mas com ternura:
— Comandante Alessandro? Tenho algumas informações importantes sobre a menina… a pequena Jade.
Alessandro ficou em silêncio por um segundo, seu olhar fixo no nada, antes de responder com a voz mais controlada possível:
— Diga, estou ouvindo.
A assistente explicou que havia concluído toda a busca nos registros. Jade, de apenas três anos, não tinha pai nem mãe vivos. Seus pais haviam falecido em um acidente antes mesmo dela completar um ano, e por isso a menina foi parar em um orfanato. Ela nunca chegou a conhecer a família de sa