HENRY
— Estou morta. — Ela diz ao se jogar no sofá. O vestido espalha e ela se curva massageando os pés sobre os sapatos, antes de tirá-los. Observo tudo escorado no batente da porta. — Eles são confortáveis, mas depois de horas andando e dançando..
— Você quer dizer andando e pisando nos pés alheios.
Como resposta, recebo um sorriso sem graça.
— Desculpe. Eu disse que não sabia dançar.
— Disse — digo simplesmente.
Talvez seja o álcool que bebi durante o baile, mas essa loira me parece tão beijável, o vestido rasgado me convida a tirá-lo.
Alguns minutos atrás ela me pediu para descansar. E eu cometi o erro de trazê-la para o meu quarto.
Onde eu estava com a cabeça?
A resposta é simples, estava pensando com a cabeça de baixo.
— Cinderela, você quer foder? — pergunto mesmo. Sou direto no que desejo.
Eu quero. Se ela quiser, seremos a dupla perfeita nessa cama.
Prevejo o não quando ela se levanta e me dá as costas.
O meu terno atrapalha a visão que eu teria da sua pele exposta pelo vesti