HENRY
Acordo com uma sensação de sufocamento. Quando abro os olhos vejo o motivo: uma cabeleira loira na minha cara. Eu estou preso por um polvo humano. Quantas pernas e braços essa mulher tem?
Sorrio, enquanto tiro devagar seus membros de sobre o meu corpo.
Sorrio? Era só o que faltava.
Antes que eu possa questionar o motivo de estar agindo como um tolo desde que essa mulher surgiu naquela escada, ouço batidas na porta do quarto. Ela se mexe e vira para o outro lado, me liberando totalmente.
E... é sério que estou sentindo falta do seu grude? Ninguém merece.
Saio da cama rapidamente e vou atender o filho da puta que me acorda sabendo que estou acompanhado. Aposto meu braço esquerdo que é Raoul. Nem meu pai me acorda assim.
Abro a porta quando o maldito está prestes a bater na madeira novamente.
— Que visão horrível para se ter de manhã. — A mão que bateria na porta vai parar nos olhos que ele esfrega.
— Que horas são, Raoul? O que você quer?
Não disse que era ele? Ninguém mais é tão