Permaneci mais alguns dias no hospital, em observação e sendo monitorado a todo momento como se fosse um maldito criminoso.
— É sério isso? — questiono incrédulo ao mesmo tempo em que sigo até o banheiro.
O segurança permanece recostado na porta, me encarando, de braços cruzados e em silêncio.
— Não confiamos em você ao ponto de te deixar sozinho!
A rispidez em sua voz já me é familiar.
— E você alguma vez já confiou? — murmuro — Ao menos sabe o que significa confiança?
David cerra os punhos e trinca a mandibula, se afastando da janela e caminha em minha direção.
— Não me teste, Caleb!
O olhar que me direciona é tão gélido que até o inverno do Alasca deve ser mais caloroso que isso.
— Nesse jogo só existe um ganhador… — provoca, a voz tão baixa que se torna dificultoso de entender.
Ele aproxima o rosto do meu de tal maneira que sinto seu hálito em minha pele arrepiando cada célula em meu corpo. Ele sorri, mas não chega aos olhos, é um sorriso diabólico.
— E você sabe bem quem é!
É