Capítulo setenta e oito

A dor crescia dentro de mim como uma tempestade prestes a estourar, comprimida no peito, martelando por uma saída. Um som brutal escapou da minha garganta, algo entre um grito e um soluço rasgado, como se o meu corpo inteiro tivesse finalmente colapsado sob o peso do que estava descobrindo. O salão ficou em silêncio. E o que antes parecia uma discussão caótica agora não passava de pano de fundo, abafado pela dor que explodiu de mim.

A cabeça de Trent virou-se para mim, os olhos arregalados de susto.

"Elise?" — ele chamou, e o nome na boca dele soou distante. A voz trêmula, como se já soubesse que algo dentro de mim estava errado.

"Elise, fala comigo."

Mas eu não consegui. Minhas pernas tremiam. Meus olhos estavam fixos no nada. Tudo ao meu redor parecia irreal, como se o chão tivesse sumido debaixo dos meus pés.

Mel. Simon estava com a Mel.

Minha irmã. Meu bebê. Minha garotinha.

Minhas mãos voaram para a boca, o ar preso no peito. O sangue rugia nos meus ouvidos, quente, pesado, ensur
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