Minhas mãos suavam. Meu coração batia forte e irregular. Mas aquela era a hora. Se não fosse agora, nunca seria.
"Trent... eu descobri há algum tempo que estou grávida de você."
O silêncio dele foi absoluto. Quase ensurdecedor.
"Naquela noite em que eu fugi do aniversário do Grave... eu estava tão estressada, tão pressionada... Eu quase perdi o bebê naquela noite."
A dor nos meus olhos ameaçava transbordar, mas me forcei a olhar para ele. Precisava ver o que ele sentia. E não era raiva.
Era... tudo ao mesmo tempo. Surpresa. Tristeza. Medo. Mas, acima de tudo, havia uma felicidade contida, crua e verdadeira, que surgia aos poucos como se ele estivesse entendendo o peso daquela notícia.
"Eu... vou ser pai?" Trent perguntou com a voz rouca, como se estivesse testando aquelas palavras pela primeira vez. Seus olhos estavam cravados nos meus, intensos, vulneráveis.
Assenti lentamente.
"Sim, você vai. Eu já devia ter te contado, mas eu tive medo. E nunca parecia a hora certa. Sempre aconteci