O templo antigo dormia entre ruínas, escondido na sombra das montanhas. As pedras úmidas guardavam histórias esquecidas, e era nesse lugar que Theron se recolhia, como uma fera ferida à espera do momento certo para atacar.
Ele andava de um lado ao outro, os passos ecoando no salão vazio. O mapa sobre a mesa mostrava as linhas que separavam os antigos territórios. Um novo vilarejo surgia ali, exatamente sobre as cinzas do que um dia foi seu plano.
Um dos guardiões que ainda o seguiam — um dos poucos que restaram — entrou, cauteloso.
— É oficial. Darian está vivo. Reconstruiu-se com os descendentes de sangue antigo... e está com ela.
Theron parou.
— Selena. — disse, com desprezo. — A peça que jamais deveria ter entrado nesse jogo.
No início, ele não fez nada.
Esperava o tempo cumprir sua maldição.
Esperava que o peso do poder, da solidão e da força descontrolada levasse Darian à destruição antes que encontrasse sua companheira.
Mas então... ela apareceu.
A filha de uma curandeira e de u