A floresta já não era ameaça.
Era testemunha.
Darian era carregado entre os braços de dois guardiões, o corpo inerte, os olhos fechados.
A respiração, rasa — mas presente.
Presente… e preciosa.
Selena seguia ao lado, as mãos manchadas de sangue, os olhos fixos no caminho à frente.
Não havia lágrimas. Nem desespero.
Apenas uma fé silenciosa que queimava como brasa viva em seu peito.
A cada passo, o coração dela parecia travar uma batalha entre esperança e terror.
— Você vai ficar bem… — repetia em pensamento, como um feitiço. — Você tem que ficar.
O vilarejo surgiu entre as árvores, silencioso como um segredo prestes a ser revelado.
Casas de pedra e madeira.
Rostos surgindo nas janelas.
Olhos curiosos, espantados, reverentes.
O Alfa havia caído.
E sua companheira… havia se erguido como a loba que o destino escondia.
Ninguém ousou impedir a marcha.
Selena andava como quem nasceu para liderar, mesmo sem saber disso até aquele momento.
Não pedia permissão.
Ela abria cami