O salão central estava cheio.
De corpos, de vozes abafadas, de julgamentos não ditos.
As tochas acesas nas colunas lançavam sombras dançantes nas paredes, como se o próprio castelo observasse em expectativa. O som dos passos ecoava forte demais no silêncio que se formava à medida que Darian atravessava o salão com Selena ao lado.
Ela usava um vestido escuro, de corte simples, mas com a postura firme de quem estava disposta a ser vista. Darian usava sua capa de Alfa, o brasão prateado reluzindo sob a luz dourada do fogo.
Não havia música. Não havia sorrisos.
Só olhos. Muitos olhos.
No centro do salão, Darian parou. Fez um gesto sutil com a mão, pedindo silêncio. Não que fosse necessário — todos já estavam calados.
Era a tensão que falava mais alto.
— Estamos aqui hoje não por tradição, mas por necessidade — começou ele, a voz ecoando com firmeza. — Há sussurros demais nas paredes. E eu não lidero uma alcateia que se esconde atrás de sussurros.
Ele fez uma pausa, os olhos percorrendo os