A colina mais alta da região estava calma, iluminada apenas pela luz prateada da lua cheia.
Não havia ventos cortantes ou trovões no céu. O silêncio reinava ali como um santuário natural, como se até a floresta ao redor tivesse parado para observar. A noite parecia viva — mas não ameaçadora. Era um tipo de paz sagrada. Um espaço entre mundos.
No centro do círculo de pedras, o ritual havia sido preparado por Eleonora com as próprias mãos. Símbolos antigos marcavam o chão com carvão e sangue de lobo — não por superstição, mas por tradição. Era onde os alfas selavam votos verdadeiros. Sem política. Sem guerra. Só destino.
Selena foi levada pela Anciã — sua avó — com passos firmes e olhar orgulhoso. Ela não usava cajado, nem precisava. A própria presença da velha mulher era um aviso para qualquer um que pensasse em se opor: ela estava ali por vontade. E quem ousaria desafiar a vontade da Curandeira do clã?
— A primeira da linhagem a seguir o próprio caminho — sussurrou a Anciã. — E que