A luz entrava pelas frestas da cortina com delicadeza.
Uma aurora suave, dourada, quente — como o silêncio que preenchia o quarto.
Selena despertava devagar, ainda entre sonhos e realidade.
Sentia um peso confortável ao redor da cintura.
Um corpo colado ao seu.
Um braço forte, firme, protetor.
Darian.
Os dois estavam entrelaçados.
Pele com pele.
Respirações sincronizadas.
Corações em paz.
E por um instante raro — talvez o primeiro em muito tempo — nenhum dos dois sentia medo.
A tempestade parecia longe.
As vozes do clã, distantes.
A maldição, adormecida.
Havia apenas os dois. E a certeza de que, juntos, podiam enfrentar qualquer coisa.
Darian foi o primeiro a abrir os olhos.
E ao vê-la ali, tão próxima, tão serena, o mundo pareceu parar.
Passou os dedos com cuidado por uma mecha solta do cabelo dela, afastando-a do rosto.
O gesto era sutil.
Mas carregava tudo.
Desejo.
Gratidão.
Pertencimento.
Ela era dele.
E ele… já não sabia mais quem era sem ela.
Selena se m