A noite se arrastava com uma lentidão cruel.
Selena olhava pela janela, os olhos fixos na escuridão da floresta. Era como se a escuridão também estivesse dentro dela — espessa, densa, cheia de vozes que ela fingia não ouvir.
O travesseiro ainda guardava o cheiro dele. O silêncio gritava o nome dele.
Darian.
Ela tentou se convencer de que era cedo. Que ele voltaria. Que devia confiar.
Mas o medo... aquele medo antigo e persistente, voltava a sussurrar nos cantos da alma.
“Desde que ela chegou, o caos chegou junto.”
“Ela é a ruína do Alfa.”
“O clã está dividido por causa dela.”
As palavras dos conselheiros ecoavam, venenosas, difíceis de esquecer. E se estivessem certos? E se ela fosse, de fato, um erro?
Afinal, quem era ela? Uma filha esquecida de um Alfa morto, metade humana, metade lobo, herdeira de uma linhagem que só trouxe guerra e perda.
E ele... ele era tudo. Um líder. Um símbolo. Um trono de carne e honra.
Ela era amor.
Mas será que amor bastava?
Selena apertou o colar de mei