Viktor entrou no armazém, e o ar que ele trazia consigo era mais frio do que o vento do porto. Seu rosto estava machucado, um corte feio sobre a sobrancelha e um hematoma começando a se formar na mandíbula. Maldita mulher. Não estava satisfeita com a sua vida, tinha que criar esse circo!
Dmitri foi impiedoso, bateu sem misericórdia. Bem, era sua esposa, devia aceitar as consequências. Seus olhos azuis, geralmente tempestuosos de paixão, estavam gélidos, a fúria silenciosa de um homem traído e humilhado.
Quando Irina correu para ele, estendendo a mão e implorando por proteção, Viktor a afastou com um movimento brusco e seco do antebraço. A rejeição a atingiu mais forte do que qualquer tapa. Ela desequilibrou e caiu direto no chão
— Viktor! — ela chorou, incrédula.
O olhar de Viktor se cravou no dela, cheio de desprezo.
— Você acha que isso é brincadeira? você acabou de nos machucar!— Viktor sibilou, a voz baixa e perigosa.
— Eu sei de tudo. O sequestro. Você é estúpida? N