Poliana franziu a testa e disse:
— Como assim eu não sou razoável?
— Tudo bem. — Respondeu Gustavo, com os lábios levemente curvados, enquanto continuava a encará-la. — Nos últimos dois anos, você ficou em casa. É verdade que eu não voltei, mas você nunca pensou em ir me buscar no exterior?
O ressentimento surgiu em Poliana.
— Você me bloqueou, como eu poderia te procurar?
— Então você poderia trocar de número e me ligar.
Gustavo parecia absurdamente ferido. Poliana também se sentia injustiçada.
— E se eu trocasse de número e você me bloqueasse novamente?
— Mas você nem tentou! Como pode saber o que eu faria? — As lágrimas começavam a brilhar nos olhos de Gustavo. — Às vezes, sinto que você é uma pequena trapaceira. Você consegue passar dois anos sem me ver, mas agora que estou de volta, diz que seu corpo e alma são meus.
— Eu não entrei em contato porque, durante aqueles dois anos de separação, fiz de tudo para te manter, usei todas as palavras que pude, e você foi firme em sua decisã