Assim que terminou de falar, o motorista abriu a porta. Uma lufada de vento frio entrou, fazendo Carolina estremecer sem motivo aparente.
Roberto, recostado no banco, ergueu o canto dos lábios num sorriso preguiçoso. O olhar fixo nela tinha um quê de diversão, mas não havia calor nenhum por trás daquela expressão.
— A senhora Carolina está tentando me lembrar de alguma coisa? — Perguntou em tom sugestivo.
— Hã? — Carolina piscou, confusa. Logo em seguida percebeu: aquela era a terceira noite de lua de mel deles.
Ele estava, de propósito, distorcendo o que ela havia dito. Esse homem era mesmo...
— Não costumo levar minha esposa para encontros sociais. — Roberto saiu primeiro do carro. Ao estender-lhe a mão, completou com uma frase que, de certo modo, a tranquilizou.
De mãos dadas, subiram juntos no elevador panorâmico. Lá de cima, Carolina contemplou mais uma face da noite de Sedona: bela, calma, quase hipnótica.
O cenário do restaurante suspenso ela já conhecia, pelas fotos.
Durante os