A noite envolvia a floresta com um manto denso de sombras e silêncio. A fogueira crepitava suavemente, lançando clarões laranja no rosto de Elise, que mantinha o olhar fixo nas chamas. O calor do fogo não era suficiente para aquecer o frio que se alojava dentro dela. O peso de suas escolhas, a incerteza do futuro, a presença constante de Viktor ao seu lado — tudo isso a consumia.
Viktor repousava perto dela, ainda fraco, mas já demonstrando sinais de recuperação. O exílio tinha sido decretado, mas Elise se recusava a aceitá-lo como um fim definitivo. Ela havia desafiado tudo e todos para tirá-lo dali, mas agora precisava encontrar um meio de convencê-los a reconsiderar a sentença.
O vento trouxe consigo um arrepio estranho, um pressentimento. Seu instinto gritava que alguém a observava. Seu coração acelerou quando levantou o olhar e viu a silhueta de Astor no alto do penhasco. O luar projetava um brilho prateado sobre ele, fazendo sua figura parecer ainda mais imponente. Seu olhar era