O dia amanheceu acinzentado e eu ainda tentava me recuperar da noite anterior.
A minha cabeça estava uma bagunça e tudo o que eu mais almejava era um pouco de paz, mas parece que o universo não estava disposto a me dar isso.
Me sentei na cama, prestes a me levantar, quando de repente, ouvi algumas batidas na porta.
Suspirei e me levantei para atender, tentando ignorar o arrepio estranho que percorria meu corpo.
E então, as batidas continuaram;
—Já vai! - Gritei girando a maçaneta e assim que abri, meu coração quase parou. —Senhor Müller?
Christian estava bem na minha frente, alto e imponente como sempre. Seu olhar percorreu meu pequeno apartamento e naquele instante eu vi o julgamento estampado em seu rosto.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele passou direto por mim, cruzando a porta sem pedir permissão.
— Fique à vontade — murmurei com sarcasmo, mas ele sequer me ouviu.
Ele caminhava pelo espaço, avaliando cada detalhe com uma expressão impassível, mas seus olhos