A sala de jantar estava tomada por um calor acolhedor, iluminada pelo tom âmbar das lâmpadas pendentes e pelo reflexo suave das velas dispostas em candelabros sobre a mesa. O cheiro inconfundível de comida caseira, preparado com paciência e afeto, envolvia o ambiente. Maria, como sempre, havia se superado não apenas no sabor, mas também na apresentação. Travessas fumegantes ocupavam o centro: arroz soltinho que parecia brilhar sob a luz, feijão temperado no ponto exato, carne assada lentamente até atingir aquela maciez que quase se desfaz ao toque do garfo, saladas coloridas com folhas viçosas e tomates que ainda carregavam o perfume do jardim. No centro, como coroa da fartura, um pão de queijo ainda exalando seu aroma irresistível, recém-saído do forno. Da cozinha, o cheiro de café fresco completava a cena, prometendo fechar a re