Taylor saiu da sala como um vendaval. Sua respiração estava pesada e os ombros estavam tensos, era perceptível a cada passo que ecoava no assoalho de madeira. A mão grande alcançou o casaco pesado pendurado no cabide perto da porta, os dedos seguraram com força o tecido ainda frio. Assim que girou a maçaneta, o vento gelado da noite invadiu o ambiente como uma bofetada, carregando consigo respingos grossos de chuva e o cheiro forte, quase selvagem, de terra molhada.
O céu, que horas antes tingia o horizonte com tons de dourado, agora estava completamente tomado por um manto espesso e sombrio de nuvens pesadas. A última réstia de luz havia desaparecido, engolida pela tempestade que rugia sem piedade. A água caía em cortinas grossas, golpeando o chão e encharcando tudo no instante em que tocava.
Sem hesitar, Taylor atravessou o terreiro a passos largos. A lama respingava no jeans guardando nas suas botas. Cada passo era acompanhado pelo estrondo distante, e às vezes assustadoramente pr