Lila deu um passo à frente, apontando o dedo para o peito de Taylor, como se o mínimo vacilo pudesse virar confissão. A luz morna do fim de tarde entrava pela janela da sala e desenhava faixas douradas sobre o assoalho de madeira, iluminando o cenário que, em segundos, prometia virar um pequeno tribunal doméstico. Catarina, no limiar entre a varanda e a sala, cruzou os braços com pose de juíza e franziu as sobrancelhas, claramente se divertindo mais do que deveria. O perfume de café recém-passado vinha da cozinha como uma pontuação irônica para a tensão que se acumulava no ar.
— Nem pensa em abrir essa boca, Remington! — Lila sibilou, sem mover um músculo além do indicador que cutucou o peito dele uma, duas vezes, para selar a ameaça.