A mãe inclinou a cabeça, curiosa, esperando que a filha fosse além. Lila respirou fundo e, desta vez, não tentou esconder nada.
— Eu sempre pensei que precisava de muito para ser feliz… roupas caras, viagens, festas, toda aquela vida cheia de brilho. — Os dedos dela brincaram com o garfo sobre o pratinho vazio, como se buscassem apoio para organizar os próprios pensamentos. — Mas aí… quando estou nos braços dele, tudo isso perde o sentido. Só o calor dele ao meu redor já é suficiente. É como se o resto do mundo desaparecesse, e só existisse eu e ele.
Gertrudes, que escutava de canto, levou a mão ao peito, emocionada, e soltou um suspiro que mais parecia um “ahhh” de aprovação.
— Isso é amor de verdade, menina. Pouca gente tem a sorte de encontrar.
Isabella, por sua vez, não tirava os olhos da filha. Havia orgulho ali, mas também uma ponta de comoção que ela não disfarçava.
— Então você está dizendo… — falou lentamente, quase saboreando cada palavra. — que a minha filha, a mesma que se