Barbara ficou em silêncio por alguns minutos, apenas observando Hermano descansar. Uma onda de compaixão a invadiu. Ele parecia tão frágil, tão diferente do homem forte e imponente que ela conhecera. Ela sabia que a doença o estava consumindo aos poucos, e a impotência diante disso a entristecia profundamente.
— Boa noite, senhor Mancini — disse ela baixinho, apertando sua mão mais uma vez antes de se levantar. — Descanse bem.
Hermano murmurou algo ininteligível, sem abrir os olhos. Barbara lhe lançou um último olhar carregado de afeto e preocupação antes de se retirar da sala, sentindo o peso da situação sobre seus ombros.
Subiu as escadas lentamente, seus pensamentos divididos entre Henrique e seu sogro. A conversa com Hermano a deixara ainda mais confusa.
Ao chegar ao quarto, parou na porta, hesitante. A luz estava apagada, mas a silhueta de Henrique era visível sob os lençóis da cama. Ele estava deitado de lado, aparentemente dormindo. Barbara sentiu um aperto no peito. A raiv