O rosto do pai, da mãe e do irmão se contorceu de choque ao encarar Linda. Um silêncio mortal caiu sobre o velório.
Foi a mãe quem primeiro reagiu. Lançou-se sobre Linda, agarrando seu colarinho com força:
— Linda! Como você pôde ser tão cruel?! Tirar a vida da sua própria irmã?!
Tomada por fúria, ela ergueu a mão para bater, mas os Lobos-guardas a detiveram a tempo.
Era a primeira vez, em todos esses anos, que a vi levantar a mão contra Linda.
Linda, ciente de que já estava encurralada, soltou uma risada fria e encarou a mãe com desprezo:
— Cruel? Eu só aprendi com você. Assassina? Quem ordenou que todas as Curandeiras fossem ao quarto da sua filhinha querida, atrasando o socorro da Coni? Foi você. Se não fosse por isso, eu jamais teria conseguido matá-la tão facilmente.
As palavras cortaram como lâminas. Minha mãe paralisou. As lembranças que sempre ignorou começaram a arranhar sua mente.
A culpa a invadiu como uma besta faminta.
Ela caiu de joelhos, agarrando os cabelos, os olhos ar