Kiara
A casa da Juliana parecia diferente naquela manhã.
Mesmo sob a luz suave do sol e com a brisa morna balançando as cortinas, havia uma atmosfera de despedida no ar. As malas já estavam na porta, todas alinhadas e organizadas, como um lembrete cruel de que era real. Que a partida estava mesmo prestes a acontecer.
Jason entrelaçou nossos dedos e apertou a minha com firmeza, mas sem força. Um toque silencioso de apoio.
"Tá pronta?", ele perguntou com a voz baixa, quase respeitosa diante da dor que já ameaçava me engolir.
Mas eu não consegui responder com palavras. Meus olhos já estavam marejados, a garganta apertada, o