Seus beijos se tornam mais urgentes, mais profundos, como se cada um quisesse compensar o tempo perdido, os silêncios acumulados, as palavras não ditas. Ava se rende aos braços de Hector como quem se entrega a uma tempestade: sabendo que será arrastada, mas sem vontade de resistir.
As mãos dele percorrem seu corpo com a precisão de quem já o imaginou incontáveis vezes. Tocam-na com firmeza, como se cada curva fosse um caminho que ele queria traçar há muito tempo. Os dedos passeiam com calma e intenção, fazendo a pele dela arder em cada ponto que tocam.
O vestido que Ava usa desliza, lento, como se o próprio tecido entendesse que não pertencia mais àquela história. As roupas vão sendo deixadas de lado, como barreiras que já não faziam sentido.
Seus corpos se encaixam com naturalidade, como se tivessem sido moldados um para o outro — e talvez tivessem mesmo. Eles moviam-se em um ritmo que só eles compreendiam, entre respirações entrecortadas, gemidos abafados e olhares que diziam tudo s