Ao acordar pela manhã, Ava sente o corpo todo dolorido, como se cada músculo lembrasse do peso da noite anterior. Ela arregala os olhos e força a si mesma a mantê-los abertos, mesmo quando começam a arder e as lágrimas ameaçam surgir. Era uma estratégia tola, mas funcionava; porque sempre que fechava os olhos, os flashes da noite com Hector voltavam como uma avalanche.
— Por que ele tinha que ser tão perfeito? — murmura para si mesma, sentindo a voz falhar de exaustão.
Com passos lentos, caminha até o banheiro. Precisa de outro banho. O primeiro, tomado às pressas assim que chegou ao quarto, não foi o bastante. O perfume dele continuava na pele, grudado nela como uma lembrança teimosa. E, por mais que tentasse lavar aquilo, o que realmente queria apagar era o que ele causava por dentro.
O que mais a deixava sem rumo era o jeito como ele conduziu tudo. Como ele sabia exatamente o que fazer, como tocar, onde pressionar, quando parar… e quando não parar. Hector tinha um jeito firme, segu