Ava mantém a testa encostada na dele e o encara sem nem piscar.
— Confiança… — repete em voz baixa, com um sorrisinho irônico. — Isso vindo de você é quase engraçado.
Hector solta uma breve risada, sem afastar o rosto.
— Se não confiar em mim, confiará em quem mais? Mesmo que não admita, sou a única pessoa que pode te ajudar nesse momento. Não me subestime e confie em mim.
Embora ainda exista um pequeno sorrisinho nos lábios dele, o tom que ele usa é bem sério.
— Eu não te subestimo, Hector. Pelo contrário… eu te observo — confessa, se afastando.
O sorriso dele se desfaz um pouco, percebendo que Ava fica séria.
— Você tem razão quando diz que nesse momento eu só tenho você para me ajudar e por mais que não pareça, eu tenho medo disso — revela, deixando de lado o tom prepotente. — Eu poderia procurar por meus pais, por amigos… — ela pondera, como se estivesse imersa em seus próprios pensamentos. — Mas decidi apostar as minhas fichas em você — confessa, com um sorriso amargo. — Quão tol