— Casamento?
Nada supera o choque estampado no rosto de Mark no instante em que Hector revela a proposta que fez para Ava. É como se, por alguns segundos, ele nem soubesse o que dizer — apenas arregala os olhos, com a boca semiaberta, tentando processar o absurdo que acabava de ouvir.
Sentados em um bar discreto da cidade, longe dos olhares curiosos, Mark empurra a cerveja sem álcool para o lado e encara Hector como se ele tivesse enlouquecido de vez.
— Me diz que é brincadeira, Hector — ele solta, com um fio de voz.
Hector apenas dá de ombros, como se estivesse comentando algo tão banal quanto a previsão do tempo.
— Foi a única coisa que pensei — responde, relaxando na cadeira e levando o copo de uísque aos lábios com calma.
Apoiando os cotovelos na mesa, Mark inclina-se para frente e sussurra, sério:
— Pedir a mulher em casamento? A mulher que você manteve escondida e enganada até perder a paciência?
— Exagero seu — Hector rebate com um sorriso enviesado. — Eu a protegi… à minha man