O céu ainda está escuro quando o alarme de David toca. Meio sonolento, ele se senta e presume que tudo ainda está escuro. Lá fora, o mundo ainda dorme. A floresta está silenciosa, exceto por alguns sons abafados da natureza acordando devagar.
Ele se espreguiça e boceja alto, mas ao se virar, percebe pela pequena janela de sua cabana que Pérsia já está de pé. Com a lanterna presa à testa, calça as botas com precisão. A mochila está pronta ao lado.
— Já de pé? — ele pergunta, coçando a nuca, ainda sem acreditar.
— Já estamos atrasados — responde, sem sequer olhar para ele. — Se quisermos pegar o Geraldo ainda no café da manhã, precisamos partir agora.
David franze a testa.
— Tem certeza de que está mesmo confortável em caminhar no escuro, no meio da floresta?
— Quem parece inseguro aqui não sou eu, senhor Smith — diz ela, pegando a mochila. — É melhor levantar. A trilha hoje é longa.
Ele a encara em silêncio. Aquela estagiária de língua afiada parece ter sumido. Em seu lugar, há uma líd