O silêncio de Hector é suficiente para desesperar a esposa, que se agita na cama, tentando se levantar mesmo com o corpo ainda fraco pela cirurgia.
— Hector, por favor, me diz alguma coisa! — sua voz sai trêmula, quase suplicante.
Percebendo o quanto aquela angústia poderia afetá-la, ele se apressa até ela, segura seus ombros. Então, lembra-se das palavras de Mark.
“Palavras positivas fazem diferença.”
Elas eram a âncora de que ele precisava naquele momento.
— Não se preocupe — diz, tentando manter o controle. — Ele está bem. Os médicos estão cuidando dele com todo o cuidado. O Mark me disse que isso é bem comum em partos de gêmeos. Um pode nascer um pouco mais frágil, mas logo se recupera.
No entanto, Ava desvia o olhar, lutando com a lembrança do choro abafado do filho. Seus olhos se enchem de lágrimas.
— Mas… — ela pondera — ele parecia tão fraquinho. Tão sem força…
Sentando-se na beira da cama, ele enxuga as lágrimas dela com o polegar e sussurra:
— Amor, ele é o nosso filho. O Li