Rafaela permanece em silêncio por alguns segundos, como se o tempo tivesse congelado ao seu redor. Seus olhos, antes serenos, agora estão arregalados, fixos no rosto do marido, como se buscassem alguma explicação que fizesse sentido. Mas não havia.
— O... o quê? — sussurra, quase sem ar, como se as palavras tivessem dificuldade para sair.
Ela recua levemente no banco, com o coração batendo tão rápido que parece ecoar em seus ouvidos. Seus dedos começam a tremer, e a boca seca mal consegue articular outra pergunta.
Ethan tenta se explicar, mas cada palavra que sai de sua boca parece mais um golpe. Seu estômago embrulha, a mente gira, como se tivesse sido arremessada em um pesadelo do qual não consegue acordar.
— Não… — murmura, com a voz embargada. — Isso não pode ser verdade… você… você não é esse homem…
Sem suportar mais um segundo ali dentro, ela puxa com força a maçaneta da porta e sai do carro sem olhar para trás. O vento frio da noite toca seu rosto, mas ela não sente. Está anest