— E a Estelle? — pergunta Mark, quebrando o silêncio. — Sabe se ela chegou a conversar com a Ava?
— Não… ela não voltou para a empresa desde então — responde, soltando um suspiro. — Disse que está com muita vergonha por tudo o que aconteceu. Quer esperar o Hector acordar e resolver as coisas com a Ava antes de decidir o que fazer da própria vida.
— Ela não deveria sentir vergonha, não teve culpa de nada — comenta ele, balançando a cabeça. — Mas a Estelle é tão meiga, tão sensível, que carrega nos ombros a dor de todo mundo à sua volta.
— Sim… — concorda Doris com um sorriso triste. — Ela é uma ótima moça, de coração puro.
— Com tudo o que aconteceu com o Hector, eu não tive tempo e nem cabeça para ir vê-la — admite.
— Não se preocupe com isso, acredito que ela entende muito bem o motivo.
— Tenho certeza de que entende — concorda. — Ela também é muito compreensiva.
Com um olhar levemente curioso, Doris o encara por um instante.
— Você está gostando dela, não é?
— Estou, sim — confessa,