Assim que Ava sai e a porta se fecha com um baque, o silêncio que se instala é ensurdecedor.
Hector fica ali parado por alguns segundos, ofegante, olhando para o nada. O peito sobe e desce como se estivesse tentando conter uma explosão interna. Mas não consegue.
Ele se levanta de uma vez, num impulso cheio de raiva contida, e grita:
— Merda! — sua voz ecoa pela sala.
Agarra o copo sobre a mesa e o lança contra a parede com força. O vidro se espatifa, estourando como o último resquício de calma que ainda restava dentro dele.
— Caralho! — berra, empurrando a cadeira para o lado com um chute violento. Ela tomba no chão com estrondo.
Ele atravessa a sala com passos pesados, varrendo tudo que encontra pela frente. Arrasta a garrafa do balcão e a j**a contra a parede do fundo.
— Porra, Ava! — grita, com a voz quebrada. — Estou tentando até o inferno para tentar fazer o que é certo e o que recebo de volta é isso?!
Derruba um porta-retratos no chão com um tapa, chuta o tapete para o lado, quas