Como um homem que sempre teve a vida resolvida ao seu modo, Hector não sabia exatamente como lidar com as novas adversidades que surgiam de repente. Então, fez o que sabia melhor: ignorar. Não por frieza, mas por pura autopreservação. Fingir que estava tudo bem era mais fácil do que encarar de frente o que doía.
A respiração dos dois desacelerando, enquanto estão deitados no sofá de seu escritório, é o único som do ambiente.
Ele está deitado de lado, com o braço em volta de Ava, enquanto seus dedos passeiam devagar pelas costas dela. Ela repousa a cabeça em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração.
— Então… — ela começa, com a voz baixa, preguiçosa, arrastando o “então” como quem testa o terreno. — Está mais calmo após a minha ajuda?
Com a mão ainda acariciando as costas dela, ele ri baixinho.
— Melhor ajuda da minha vida — brinca.
— Idiota — ela murmura, dando um leve tapa no peito dele, mas sorrindo.
Ele segura a mão dela e beija os dedos, um a um, com calma.
— Estou falando séri