Assim que chega em casa, Hector encontra Estelle sentada na sala. Ao vê-lo, seus olhos se arregalam como se tivessem acabado de ver um fantasma.
— Hector… que bom que chegou — diz ela, apressada, levantando-se com um sorriso ansioso.
— O que foi? Você parece meio eufórica — ele comenta, franzindo o cenho ao notar seu jeito inquieto.
— Oh… não é nada de mais — responde, desviando o olhar.
— Como foram as coisas por aqui?
— Dentro do possível, tranquilo.
— Me desculpa por não conseguir dar mais atenção para você.
— Não se preocupe com isso. A mamãe foi quem errou em vir sem avisar. Você nem imagina o quanto estou constrangida com essa situação.
— Não precisa ficar assim — diz ele, tocando suavemente o ombro dela. — Você sabe que gosto de ter você por perto.
O rosto de Estelle cora imediatamente. Hector sempre foi o único homem com quem ela conseguia conversar com mais naturalidade, talvez por saber que, sendo seu parente, jamais a destrataria.
— Mesmo assim… eu esperava que as circunstâ