Sem sono, Ava caminha lentamente até a área externa da casa. A noite está silenciosa, e o ar fresco contrasta com a leve umidade que paira no ambiente.
Ela se aproxima da piscina e logo nota o vapor suave que se ergue da água. A temperatura estava perfeita para um mergulho, quente o suficiente para aquecer a pele, convidativa o bastante para tentar a alma.
Por alguns segundos, ela apenas observa. As luzes refletidas na água ondulam com leveza, como se dançassem no silêncio da noite.
E então, sem que percebesse inconscientemente, sua mente a trai.
Uma lembrança emerge, viva e repentina: o beijo.
Havia beijado Hector… bem ali na piscina. O calor do toque dele, o peso das mãos em sua cintura, o desejo que tentava negar.
Ela pisca, tentando afastar a memória. Mas é tarde. O gosto daquele momento ainda estava gravado — na pele, na boca, no peito.
“Por que estou pensando naquele idiota?” — Pergunta-se em silêncio, sentindo a inquietação crescer no peito.
Sem encontrar resposta, apenas age p