Um pequeno raio de luz atravessa a janela e reflete bem no rosto de Ava, que está deitada sobre o peito de Hector. Ela estende a mão e cobre os olhos, só então se dando conta de que, mais uma vez, está no quarto dele.
— Droga — murmura, afastando-se devagar do corpo maravilhoso daquele homem.
Mesmo tentando se levantar com cuidado, acaba acordando Hector, que, ao notar que ela vai sair, a agarra pela cintura e a puxa de volta para mais perto.
— Para onde vai? — pergunta com a voz rouca e sonolenta.
— Para o meu quarto — responde baixinho.
— Não vai, não — ele diz, ainda com os olhos semicerrados. — Fica aqui comigo… só mais um pouco.
— Não posso, tenho um compromisso.
Ele abre os olhos por completo e a observa por alguns segundos antes de perguntar:
— Onde vai?
Ela sorri de canto e responde com naturalidade:
— Acho que deixamos claro no nosso acordo que não precisaríamos dar explicações sobre onde iríamos ou deixaríamos de ir.
Ele sorri também, mas não a solta.
— Também deixamos claro