Ao sair do quarto de Ava, Hector caminha até o seu com passos duros, o maxilar travado e o coração em chamas. Assim que entra, bate a porta com força, como se aquele gesto pudesse calar a sensação sufocante de impotência que o domina.
Sente-se de braços atados diante dela… como se não tivesse mais controle de nada.
Nervoso, passa a mão pela barba, tentando conter a raiva e a frustração que crescem no peito. Em seguida, se senta na beira da cama, inclina o corpo para frente e respira fundo, como se o simples ato de puxar o ar fosse suficiente para reorganizar os pensamentos.
— Você não pode perder o controle da situação, Hector. Não pode… — sussurra para si, como se tentasse convencer a própria alma de que ainda tem o poder de reverter tudo.
Ainda sentado na beira da cama, ele permanece alguns minutos em silêncio. A frustração pesa. A cabeça lateja.
Então, levanta-se num impulso e caminha até o banheiro. Tira a roupa, abre o chuveiro e entra sem pensar duas vezes, deixando que a água q