O salão de decisões estava silencioso, exceto pelo estalar de madeira sob os passos contidos dos presentes. A luz que entrava pelas janelas altas desenhava feixes dourados sobre o chão de pedra escura, criando sombras que pareciam se mover junto com a tensão no ar.
Kael estava de pé, ao lado da cadeira principal, as mãos cruzadas nas costas, o olhar firme. Ao seu lado, Ricardo mantinha-se atento. Mavi, de expressão dura, trazia um caderno velho sob o braço. Azíria, encostada à parede de pedra, observava em silêncio, como se soubesse que a guerra havia começado — mas ainda não sabiam quem sangraria primeiro.A porta foi aberta com elegância calculada. Carlina entrou primeiro, os passos lentos, o queixo erguido. Vestia um manto discreto em vermelho queimado, bordado com fios prateados — uma escolha que dizia mais do que qualquer palavra.Atrás dela, vieram Davi e Bianca. Os dois se posicionaram como peças num tabuleiro, um de cada lado da guardiã.—