Os dias seguintes após o beijo de Kael em Tânia foram um tormento silencioso. Camélia tentava seguir sua rotina normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas havia uma sensação de desconforto que a acompanhava constantemente. Seu corpo estava mais pesado, seus sentidos confusos. O cheiro de Kael, que antes a envolvia de maneira inquietante, agora a deixava fraca.
Era como se sua energia estivesse se dissipando, como se algo dentro dela estivesse se fragmentando. E o pior: ela não queria se sentir assim. Não entendia o que estava acontecendo, nem sequer sabia direito quem Kael era para estar gerando tudo isso dentro dela. Não conhecia suas intenções, não sabia o que ele realmente significava para ela. E, ainda assim, a sensação de perda, de vazio, era avassaladora. Ela se sentia totalmente fora de controle, e isso a aterrorizava mais do que qualquer coisa. Tudo estava piorando aos poucos, uma dor crescente que se infiltrava em cada célula de seu ser, como se o