Um pai desconfiado

Catarina respirou fundo, tentando controlar o nervosismo, e se levantou. Com um gesto hesitante, estendeu a mão para ele, consciente de que precisava demonstrar gratidão pela oportunidade.

— Muito obrigada, senhor… — disse, com a voz levemente trêmula. — Prometo que me dedicarei para não decepcioná-lo.

— Já disse que pode me chamar de Henri — repetiu ele, com um leve sorriso, se levantando também e segurando a mão dela com firmeza, mas delicadamente.

Catarina mordeu o lábio, desviando o olhar por um instante.

— Não sei se será fácil te chamar assim — confessou, meio envergonhada, deixando os olhos encontrarem os dele por um instante antes de olhar para baixo.

Divertido com a timidez dela, Henri soltou um leve riso.

— Não se preocupe — disse, mantendo a mão dela na sua por mais alguns segundos. — Logo vai se acostumar.

O calor que sentiu ao tocar a mão dela não passou despercebido, mas ele se manteve calmo, deixando que o gesto simples carregasse toda a intensidade silenciosa do moment
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