Sem entender muito bem o rumo da conversa, Elisa franziu o cenho, confusa.
— O que você está querendo dizer com isso?
Houve uma breve pausa antes da resposta vir, cheia de hesitação.
— Elisa… possivelmente estou gostando do Gael também.
Do outro lado da linha, o silêncio voltou. Mas era um silêncio surpreso, de incredulidade e também de um princípio de compreensão.
— Uau… — foi tudo o que Elisa conseguiu dizer no primeiro momento.
— Eu sei como isso soa — desabafou Eloá, com a voz baixa e os olhos marejados. — Parece errado. E talvez seja mesmo. Mas eu não escolhi isso, Elisa. Eu só… senti. E agora não consigo parar de pensar nele.
— Se está confusa, isso já diz muita coisa.
— Como assim? — perguntou, arqueando uma sobrancelha, mesmo que a irmã não pudesse vê-la.
— Significa que o Henri talvez não tenha sido tudo isso na sua vida, como você acreditava.
As palavras da irmã encontraram espaço na mente de Eloá. Faziam sentido, ainda que fossem difíceis de aceitar. Ter esperanças em algo