Quanto mais as semanas passavam, mais a barriga de Eloá se tornava evidente de um jeito que nem mesmo as roupas largas, que agora faziam parte do seu guarda-roupa diário, conseguiam disfarçar. Tess, sua colega de quarto, notou as mudanças em seu corpo, mas em vez de perguntas ou julgamentos, ofereceu silêncio e empatia. Eloá agradeceu mentalmente por isso, aliviada por ter ao menos uma pessoa ao seu lado que não exigia explicações.
Mas à noite, quando o mundo silenciava, a mente dela gritava.
Antes, era Henri quem a visitava nos pensamentos. As lembranças dos momentos que teve com ele, dos olhares discretos, das conversas… tudo parecia ter ficado para trás. Agora, havia outra pessoa invadindo seus sonhos, outra presença acendendo seus sentimentos. Era Gael.
Toda vez que fechava os olhos, era como se o toque dele ainda estivesse ali, morando em sua pele. As mãos firmes, mas, ao mesmo tempo, gentis. O calor dos lábios dele contra os seus. A forma como a olhou naquela noite… como se ela