— Eu ainda não acredito que estamos à espera de gêmeos — Denise dizia, radiante, enquanto estavam no carro.
— Nem eu… meu Deus, é uma felicidade em dobro — Saulo respondeu, sorrindo de orelha a orelha.
— As meninas vão surtar!
— Ah, disso eu não tenho a menor dúvida.
Todavia, Denise ficou em silêncio por um instante, seu sorriso foi suavizado por um pensamento mais denso.
— A Eloá…
Ela não precisou dizer mais nada. Saulo entendeu na hora o que se passava no coração da esposa. Ele também sentia aquele aperto, ainda mais com os papéis quase todos prontos para a partida da filha.
— Eu sei… — ele disse com ternura, soltando uma mão do volante para tocar o ombro dela. — Mas conhecendo a nossa Eloá, ela vai dar um jeito de estar sempre por perto. E, de toda forma, ela não pode parar a vida por nossa causa.
— Você tem razão — sussurrou Denise, enxugando uma lágrima teimosa antes que escorresse.
— Não vamos pensar muito nisso, tudo bem? O que quer fazer agora? — ele perguntou, querendo animá-