Quando desligou a chamada com a irmã, Eloá não conseguiu conter as lágrimas. Tudo o que mais queria naquele momento era fazer parte daquela alegria, estar com eles, abraçar os irmãos recém-chegados… mas a imagem do olhar de desaprovação dos pais, especialmente de seu pai, surgiu tão nítida em sua mente que ela engoliu em seco.
— Eu não posso voltar… ele jamais me perdoaria por isso — murmurou, como se tentar dizer em voz baixa pudesse tornar aquela verdade menos dolorosa.
Determinada a afastar os pensamentos que lhe apertavam o peito, levantou-se e seguiu para a biblioteca. Enterrou-se nos livros como vinha fazendo nos últimos meses. Pelo menos, dessa forma, conseguia manter-se entre as melhores da turma, reconhecida como uma das alunas mais dedicadas e com as notas mais altas. Ainda assim, no fundo, sabia que estava estudando não só para o futuro, mas para não pensar no presente.
A semana começou no mesmo ritmo corrido de sempre. Eloá já estava numa fase em que não adiantava mais ten