Ainda estava escuro do lado de fora quando Catarina se levantou da cama. Mais uma noite havia se passado sem que conseguisse dormir. Vestiu-se em silêncio e foi até a cozinha preparar o café, mas, ao chegar, encontrou a mãe já de pé.
— Bom dia, filha — disse Andrea, recebendo-a com um sorriso.
— Bom dia. — Catarina forçou um tom neutro.
— Acordou cedo hoje.
— Eu sei.
A mãe a observou com atenção.
— Você tem dormido bem, filha?
— Sim — mentiu, desviando o olhar. — É que tenho muitas coisas para fazer hoje.
— No trabalho?
Com toda a confusão que vivia, preferiu não revelar aos pais que havia sido demitida. Não queria causar mais alvoroço.
— Não… vou dar uma arrumada na casa para onde vou me mudar.
— Ah, é mesmo! — Andrea se animou de imediato. Por mais que soubesse que o casamento estava sendo apressado, havia em seu coração uma ponta de entusiasmo, afinal, veria a filha casada. — Se quiser, posso ajudar você.
— Não precisa. Quero fazer tudo sozinha.
Sentando-se à mesa, Catarina tentou